Especialistas russos comentaram à emissora Sputnik a proibição dos Estados Unidos aos fornecimentos dos novos microprocessadores Intel para o supercomputador chinês Tianhe-2. Esta tentativa visa restringir o desenvolvimento tecnológico da China e criar preferência às empresas norte-americanas que desafiam o Tianhe-2 na concorrência pelo ranking de supercomputadores.
O Tianhe-2 foi criado com base nos microchips norte-americanos modernizados.
Na sexta-feira, 10 de abril, os sites noticiosos mais populares da China negaram as acusações de ensaios de armas nucleares. O seu alvo principal é a pesquisa civil, em particular do genoma humano.
O especialista russo na inteligência competitiva Evgueny Yushuk comentou a situação:
“Este é o exemplo clássico de dupla utilização duma tecnologia. Pode ser usada para calcular todo tipo de processos complicados. O cálculo do genoma humano é um agrupamento e processamento de grandes quantidades de dados e pesquisa de padrões do desenvolvimento. Quase o mesmo problema, mas com outros dados com outros fins, é resolvido na simulação de uma explosão nuclear”.
É de notar que o Tianhe-2 já há quatro anos lidera o ranking dos sistemas de computadores de alto desempenho do mundo. Ele supera o seu rival principal, o norte-americano Titan, quase por dois vezes.
O novo escândalo nas relações a China e os EUA se desenvolve durante a preparação ativa para a visita aos EUA do presidente chinês, Xi Jinping.
A cúpula sino-americana é prevista para setembro. Um dos principais tópicos das conversas pode ser o problema com o levantamento da proibição das exportações para a China das tecnologias norte-americanas de dupla utilização.
O premiê chinês, Li Keqiang, recentemente voltou a colocar a questão antes de os parceiros transatlânticos quando o secretário do Tesouro norte-americano, Jack Lew, chegou a Pequim antes da cúpula. Aparentemente, o bloqueio do fornecimento de microprocessadores Intel é a resposta dos EUA à parte chinesa.