"Nós vamos encontrar um momento para eles discutirem as questões à margem da cúpula", disse na manhã desta sexta-feira, 10 de abril, o vice-conselheiro de Segurança Nacional de Obama, Ben Rhodes. Obama e Castro estarão juntos na noite de sexta-feira durante a cerimônia de abertura da cúpula e no jantar de chefes de Estado que ocorrerá em seguida. Mas Rhodes disse que não espera uma "conversa prolongada" entre ambos antes do sábado.
Na quarta-feira, Obama e Castro falaram por telefone, pavimentando o caminho para a conversa na 7ª Cúpula das Américas no Panamá, a primeira da qual Cuba participa. Os dois líderes estarão frente a frente quatro meses depois de ambos surpreenderem o mundo com o anúncio de que seus países reatariam relações diplomáticas, abrindo caminho para a eliminação do último vestígio da Guerra Fria no continente.
Antes do encontro de sábado, ambos haviam se cumprimentado com um aperto de mão no funeral do líder sul-africano Nelson Mandela em dezembro de 2013. Também conversaram por telefone durante quase uma hora no dia 17 de dezembro, quando a decisão de colocar fim ao rompimento de mais de cinco décadas foi divulgada.
Segundo Rhodes, a retirada de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo não é um pré-requisito para o encontro dos dois presidentes. A exclusão está sendo analisada por agências de segurança dos EUA, que farão a recomendação final ao presidente. "O processo ainda não está concluído", afirmou Rhodes.
fonte: Estadão Conteúdo