Durante seu discurso na Cúpula das Américas neste sábado, 11, a líder brasileira defendeu o fim do embargo entre Estados Unidos e Cuba:
"Celebramos aqui e agora a iniciativa corajosa dos presidentes Raúl Castro e Barack Obama de restabelecer as relações entre Cuba e Estados Unidos, pondo fim a esse último vestígio da guerra fria na região que tantos prejuízo nos trouxe. Estamos seguros de que outros passos serão dados como o fim do embargo que já há mais de cinco décadas vitima o povo cubano e enfraquece o sistema interamericano. Aí sim estaremos construindo as linhas que pautarão nosso futuro".
Apesar da celebração da primeira vez que Cuba e Estados Unidos sentam juntos à mesma mesa em uma Cúpula das Américas, os discursos presidenciais não pouparam as críticas ao governo americano, não apenas pela manutenção do embargo — que Obama prometeu que estava trabalhando com o Congresso americano para suspender — mas principalmente pelo ressurgimento da crise com a Venezuela.
A chefe de Estado disse também que "o atual quadro desse país irmão pede moderação, pede a aproximação de todas as partes. Com esse propósito, a Unasul (União Nações Sul-americanas, trabalha para apoiar diálogo político na Venezuela", lembrando que a comissão de chanceleres da entidade tem mediado o diálogo entre a situação e a oposição para que sejam realizadas as eleições deste ano.
Dilma afirmou que a região tem o maior período de paz na sua história, com todos os países com regimes democráticos, o que precisa ser incentivado e respeitado. "É nossa responsabilidade fazer desse um século de paz", disse.