Segundo o líder cubano, "o embargo continua sendo um grande obstáculo para o desenvolvimento da economia cubana. Isso viola os princípios do direito internacional e tem um impacto negativo em todos os países da região. O embargo, que ainda existe, não é culpa do atual presidente (Barack Obama). Mas temos de continuar a buscar e apoiar o presidente Obama em suas intenções de levantar o bloqueio econômico ".
O professor de Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense,Thiago Rodrigues, em entrevista à agência Sputnik, disse que "esse pleito de Cuba pode ser aceito pelos Estados Unidos, ou pelo menos aceito pelo Poder Executivo americano, o que não quer dizer que seja isso passe por uma aprovação no congresso dos Estados Unidos". O especialista, observou, no entanto, que após o encontro dos chefes de Estado há o processo interno destes países pelo qual cada decisão deve passar.
"Uma coisa são as declarações dadas hoje, ou declarações que possam aparecer na declaração final da Cúpula das Américas. Outra coisa são as decisões qe venham a ser efetivamente realizadas nos dias e meses que se seguirem à cúpula. Então é possível uma finalização política por parte do governo Obama de uma aproximação e até mesmo de um acatamento deste pedido cubano para o embargo ser levantado, mas isso não quer dizer que essa decisão seja aprovada no âmbito doméstico americano", afirma o especialista.
O presidente norte-americano, Barack Obama, e o líder cubano, Raul Castro, anunciaram o restabelecimento das relações diplomáticas em dezembro de 2014, interrompidas há mais de 50 anos, bem como a remoção de uma série de restrições ao comércio, o investimento e as viagens impostas pelos Estados Unidos contra Cuba. O embargo dos EUA a Cuba, no entanto, continua em vigor.