A condenação dos atos pela UNESCO foi feita após o Estado Islâmico divulgar neste último sábado, um vídeo mostrando integrantes do grupo explodindo ruínas e obras de arte da antiga cidade. Sobre o assunto, disse Irina Bokova: "Condeno este ato louco, destrutivo e que acentua o horror da situação."
Por meio de comunicado, a diretora-geral confirmou que o Estado Islâmico não está apenas destruindo representações de figuras. "Com seus martelos e explosivos, também estão destruindo o próprio lugar, claramente determinados a acabar com todos os vestígios da história do povo do Iraque", disse Irina que chamou a destruição do patrimônio de crime de guerra.
A organização informou ainda que fará todo o esforço possível para lutar contra esta prática destrutiva contra este tesouro histórico. Da mesma forma, prometeu documentar as ações, de modo a garantir que os responsáveis sejam identificados e levados à justiça.
Irina ressaltou que nada justifica a destruição do patrimônio e convocou líderes políticos e religiosos de todo o mundo, além da sociedade civil, para que, usando todos os canais possíveis, protestem contra esses crimes, como forma de contrapor o que chamou de propaganda e o ódio escondidos nesses atos.
A diretora ainda esclareceu que a UNESCO denuncia os ataques ao sítio de Nimrud desde o dia 6 de março. O vídeo divulgado pelo EI sábado mostra a destruição total da parte noroeste do Palácio de Assurnasirpal II e de esculturas em pedras da era Noassíria.
O palácio atacado se localiza a 32 quilômetros de Mosul, cidade no Norte do Iraque, a cerca de 400 km de Bagdá, e sua construção se deu em 879 a.C., servindo de capital do antigo Império Assírio.