Respondendo a perguntas enviadas por cidadãos de todo país, o presidente Putin disse hoje que, ao contrário do que foi veiculado pela imprensa, o chefe de Estado ucraniano, Pyotr Poroshenko, não ofereceu, em momento algum, a região de Donbass à Rússia, o que, para Mario Russo, se tivesse acontecido, seria uma coisa totalmente sem sentido.
"Não tem nem como. Essa é mais uma das provocações que a mídia vem fazendo", comentou o jornalista. "Donbass não é moeda de troca. Aquilo ali é uma realidade que a Ucrânia vai ter que admitir".
Segundo o especialista, as populações das regiões de Donetsk e Lugansk já deram várias demonstrações de oposição profunda "à posse do Poroshenko, às diretivas econômicas" e "às políticas de reaproximação com a União Europeia", inclusive através de referendos acompanhados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e por observadores internacionais. E isso, para ele, é um direito legítimo, que tem que ser respeitado, pois essas regiões, mais cedo ou mais tarde, vão acabar conseguindo sua emancipação.
"Será um resgate do próprio leste ucraniano", que sempre foi muito mais ligado, por laços históricos, culturais, econômicos e políticos, à Rússia "do que à parte ocidental da Ucrânia, que, historicamente, sempre foi muito mais favorável à aproximação com a Europa".