Mídia: Kiev acusa Moscou para distrair dos problemas ucranianos reais

© AFP 2023 / SERGEI SUPINSKY Ukrainian President Petro Poroshenko arrives for a live broadcast in Kiev to order the military to implement a ceasefire early on February 15, 2015
Ukrainian President Petro Poroshenko arrives for a live broadcast in Kiev to order the military to implement a ceasefire early on February 15, 2015 - Sputnik Brasil
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Kiev oficial responsabilizou "forças externas" pela série de assassinatos políticos na Ucrânia, escreve a mídia norte-americana. Assim, as autoridades ucranianas, em vez de resolverem os problemas internos, estão tentando distrair a atenção das pessoas.

Durante a recente Linha Direta, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou que, no caso do assassinato de Boris Nemtsov, já foram encontrados e detidos os autores do crime. Ao mesmo tempo, "na Ucrânia, que pretende ser uma democracia e tenta aderir à Europa democrática, nada disso acontece. Onde estão os assassinos dessas pessoas? Eles simplesmente não existem, nem os mandantes, nem os executores. E tanto na Europa como na América do Norte preferem não ver o que se passa, escreve a publicação Nacional Interest.

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O autor do artigo mostra-se preocupado com a tendência do presidente ucraniano Poroshenko para o "cinismo" e a "obsessão" por inimigos externos. Como exemplo, é indicada a reação do líder ucraniano em relação aos recentes assassinatos políticos no seu país.

"É claro que esses crimes são todos parte de uma mesma tendência. Esta é uma provocação deliberada dos nossos inimigos, provocação destinada a desestabilizar a situação política na Ucrânia, a desacreditar a escolha política do povo ucraniano", declarou Poroshenko em comunicado.

Em outras palavras, Kiev acredita que esses crimes são obra de estrangeiros que tentam derrubar o governo e não uma evidência de tendências perigosas do próprio país.

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As autoridades ucranianas não apresentaram qualquer prova sobre quem poderia ter estado por trás dos assassinatos, mas Poroshenko usa estes crimes para lembrar ao público alegadas ameaças externas e para desviar a atenção dos problemas internos.

De acordo com o Nacional Interest, a guerra no leste da Ucrânia reforçou a divisão existente no país e a radicalizou a vida política. Mas estes problemas são principalmente internos e, ao não reconhecê-los como tal, Poroshenko perde uma oportunidade de lidar com eles. São precisamente esses problemas que representam a maior ameaça à democracia e ao Estado ucraniano, de acordo com o autor da matéria.

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