Movimento iemenita apela a combater "agressão estrangeira"

© SputnikAtaques no Iêmen em 19 de abril de 2015
Ataques no Iêmen em 19 de abril de 2015 - Sputnik Brasil
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O líder do movimento Ansar Allah apelou no domingo aos iemenitas a se oporem à "agressão ocidental".

Explosão após um ataque aéreo da Arábia Saudita em Sanaa, capital do Iêmen - Sputnik Brasil
Ataques aéreos da Arábia Saudita se intensificam e atingem a capital do Iêmen
No discurso proferido no domingo (19), Abdul-Malik al-Houthi, disse que os militantes não irão desistir. O movimento já tomou várias regiões do país, inclusive a capital, Sanaa. No entanto, as posições do movimento continuam sendo bombardeadas pela coalizão, liderada pela Arábia Saudita.

"Nós comunicamos àqueles que estão no Sul que não somos invasores, que estamos prontos a cooperar com eles e os seus líderes para combater a Al-Qaeda e os agressores estrangeiros. O nosso povo tem o direito de combater a agressão saudita com todos os meios possíveis, de acordo com as condições de guerra", disse al-Houthi, citado pela televisão local.

© SputnikBombardeios da coalizão no Iêmen
Bombardeios da coalizão no Iêmen - Sputnik Brasil
Bombardeios da coalizão no Iêmen

Só o povo do Iêmen tem o direito de definir o seu futuro, frisou:

"É o direito do povo do Iêmen. A Arábia Saudita não tem nada a ver com isso".

A recente resolução da ONU não faz menção nenhuma aos ataques aéreos realizados pela coalizão, apelando principalmente ao cessar-fogo por parte dos Houthis. No entanto, os bombardeios não cessam, até se tornaram parte da vida quotidiana.

Já na quinta-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou para o cessar-fogo "de todas as partes". Contudo, assegurou que "a Arábia Saudita tinha certificado que entendia que um processo político" era preciso e "os iemenitas deviam participar dele". Os ataques da coalizão continuam ainda. Nesta segunda-feira, acabam de surgir informações sobre uma bomba que atingiu a embaixada da Indonésia em Sanaa.

A operação Tempestade Decisiva (Decisive Storm) foi lançada pela Arábia Saudita, com aprovação dos EUA, em finais de março alegadamente para combater os militantes xiítas, que lutam contra as forças leais ao presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi (que fugiu do país).

A coalizão liderada pelos sauditas é formada também por Bahrein, Catar, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Egito, Jordânia, Marrocos, Paquistão e Sudão.

Já o Irã tem reiteradamente apelado às partes para o diálogo, apresentando também um plano de solução pacífica do confronto.

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