"Nós comunicamos àqueles que estão no Sul que não somos invasores, que estamos prontos a cooperar com eles e os seus líderes para combater a Al-Qaeda e os agressores estrangeiros. O nosso povo tem o direito de combater a agressão saudita com todos os meios possíveis, de acordo com as condições de guerra", disse al-Houthi, citado pela televisão local.
Só o povo do Iêmen tem o direito de definir o seu futuro, frisou:
"É o direito do povo do Iêmen. A Arábia Saudita não tem nada a ver com isso".
A recente resolução da ONU não faz menção nenhuma aos ataques aéreos realizados pela coalizão, apelando principalmente ao cessar-fogo por parte dos Houthis. No entanto, os bombardeios não cessam, até se tornaram parte da vida quotidiana.
Peacefully drinking coffee when glass of window exploded in my face from explosion of airstrike in Sana'a #Yemen pic.twitter.com/dbCO7gqhfZ
— Blaise Offurum (@blaiseview2) 20 апреля 2015
Já na quinta-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou para o cessar-fogo "de todas as partes". Contudo, assegurou que "a Arábia Saudita tinha certificado que entendia que um processo político" era preciso e "os iemenitas deviam participar dele". Os ataques da coalizão continuam ainda. Nesta segunda-feira, acabam de surgir informações sobre uma bomba que atingiu a embaixada da Indonésia em Sanaa.
Bomb attack on #Indonesia embassy in #Yemen, leaving 2 injured http://t.co/CHxzIYQKpe pic.twitter.com/DKsoYQUNts
— ST Foreign Desk (@STForeignDesk) 20 апреля 2015
A operação Tempestade Decisiva (Decisive Storm) foi lançada pela Arábia Saudita, com aprovação dos EUA, em finais de março alegadamente para combater os militantes xiítas, que lutam contra as forças leais ao presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi (que fugiu do país).
A coalizão liderada pelos sauditas é formada também por Bahrein, Catar, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Egito, Jordânia, Marrocos, Paquistão e Sudão.
Já o Irã tem reiteradamente apelado às partes para o diálogo, apresentando também um plano de solução pacífica do confronto.