Centro é um partido de oposição liderado por Juha Sipilä e que cujo principal tema da campanha eleitoral foi a economia.
“A situação econômica na Finlândia deixa a desejar. Recentemente, o ministro das Finanças declarou que uma década foi perdida. O nível de desemprego é alto e a Nokia, porta-bandeira do país, perdeu o seu brilho. Com a introdução do euro o país perdeu o seu alto poder de crédito, o que repercutiu de forma bastante negativa sobre a economia” — escreve a edição alemã.
O jornal destaca que Juha Sipilä, ele próprio um empreendedor, dá grande prioridade ao estímulo da economia e à recuperação da competitividade, o que, por sua vez, poderá redefinir o rumo da política externa da Finlândia, principalmente em relação as sanções anti-russas e à OTAN.
“De todos os países da UE, a Finlândia é quem possui a mais extensa fronteira com a Rússia, sendo este país um de seus principais parceiros comerciais. Mesmo durante a campanha eleitoral, Sipilä declarou que o efeito econômico das sanções contra a Rússia foi subestimado, e que o mesmo deveria ser analisado e minuciosamente estudado. Isso deixa claro que o novo governo tentará acabar com as sanções” — acredita o jornalista alemão do DWN.
Além disso, Juha Sipilä é também contrário à adesão da Finlândia à OTAN, posição, que segundo a publicação, é compartilhada pela maioria dos finlandeses. Durante a campanha eleitoral, o político chegou a declarar que o país precisa promover um referendo, caso a questão se torne atual.