Segundo a mídia do Afeganistão, o chefe da polícia da província Helmand no sul do país, Nabi Jan Mullahkhil, disse que tinha obtido um documento que provam que os dois grupos radicais começaram a lutar um contra o outro.
Porém, ainda não há confirmação oficial destes fatos.
Os relatos mostram que pequenos confrontos entre os militantes dos dois grupos já aconteciam no passado.
A Sputnik Árabe conseguiu obter um comentário de Hussam Shoeib, especialista em Assuntos de Organizações Islâmicas:
“Ambas as organizações têm a mesma ideologia – o wahabismo e salafismo. Não há confrontação mas parece que têm um problema ou, em outras palavras, um desacordo já que EI está agora tomando a iniciativa – eles anunciaram o ‘Califado Islâmico’.
O Talibã está fora de cena agora, não tem apoio por parte da Al-Qaeda, porque sempre dependia da Al-Qaeda e do dinheiro do golfo Pérsico. Ao contrário, o EI conseguiu recrutar muçulmanos de todo o mundo, apoiá-los com dinheiro e tornar o seu grande sonho realidade.
Entretanto estas organizações ainda permanecem, levam as vidas de civis e recrutam radicais. Por exemplo, na sua entrevista em 22 de abril o ministro russo das Relações Exteriores Sergei Lavrov disse que “o Estado Islâmico neste momento é o nosso principal inimigo no mundo. Por uma razão simples – nesta organização terrorista combatem centenas de cidadãos russos”.
A briga entre o EI e o Talibã que, em teoria, se pode tornar num conflito sangrento é mais um fracasso da política de “caos controlado” praticada pelos EUA. Não é um segredo que o Talibã foi criado pela inteligência norte-americana, opina um político alemão Andreas von Bülow num artigo na revista der Tagesspiegel:
“Com o apoio decisivo dos serviços secretos dos EUA pelo menos 30 mil militantes muçulmanos foram treinados no Afeganistão e Paquistão…”, escreveu.
Agora há provas de que o caos é realmente contagioso – os dois projetos não só saíram de controle e geraram grandes problemas a todo o mundo, inclusive aos seus criadores, mas também ironicamente entraram em conflito um contra o outro. Parece que o caos controlado não existe – ele se descontrola facilmente.