A novena reunião ministerial do Conselho Ártico, que começa nesta quinta-feira (23) na cidade canadense de Iqaluit e irá se prolongar até o dia 25, demonstra bem que o conflito ucraniano afeta também a cooperação polar.
Recentemente, a divergência da posição russa neste assunto fez as autoridades canadenses se recusarem de assinar um convênio internacional de luta conjunta contra a contaminação do Ártico pelo petróleo. No entanto, o Canadá preside atualmente o Conselho Ártico.
A Rússia também poderá demonstrar a sua posição e influência nos assuntos árticos. A reunião do Conselho prevê votação de vários pedidos de obtenção de estatuto de observadores permanentes por parte de quatro países (Turquia, Mongólia, Grécia, Suíça) e 13 organizações, inclusive da União Europeia.
Portanto, a delegação russa, chefiada pelo ministro dos Recursos Naturais, Sergei Donskoi, pode usar o seu direito de veto para bloquear a possibilidade da UE, cuja política econômica não tem resultado muito eficiente.
Contudo, a parte russa vê muita coisa positiva na renunião desta semana. É prevista, por exemplo, a criação de um Conselho Econômico do Ártico, que deverá fomentar a atividade econômica na região. Também podem ser discutidos vários projetos conjuntos internacionais, inclusive no território russo do Ártico. As esferas abrangidas são a energia, o turismo e infraestrutura.