Estados Unidos tentam fortalecer sua influência no Oriente Médio

© AP Photo / LM OtteroLockheed Martin F-35 Joint Strike Fighter
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O vice-presidente norte-americano, Joe Biden, prometeu entregar a Israel caças avançados para o país manter a sua vantagem militar no Oriente Médio.

A declaração foi feita na quinta-feira (24) num discurso de Joe Biden durante as comemorações da independência de Israel:

“No próximo ano, vamos entregar a Israel o caça F-35 Joint Strike <…> tornando Israel o único país do Oriente Médio com uma aeronave da quinta geração”.

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Ele também declarou que nenhum presidente norte-americano fez mais para apoiar Israel do que Barack Obama, o que é evidenciado pelo fato de que o governo de Obama tem proporcionado Israel com US$ 20 bilhões em ajuda militar.

As autoridades dos EUA e líderes israelenses continuam a discutir formas de Israel para manter a sua vantagem qualitativa nas capacidades militares sobre os rivais na região, Biden acrescentou.

O vice-presidente comentou a situação sobre o compromisso do governo Obama de fechar um acordo nuclear definitivo com o Irã que mantenha a segurança de Israel. Ele insistiu que não haveria "acordo algum" a menos que o Irã concorde com as rigorosas inspeções internacionais:

"Se o Irã trapacear, os EUA mantêm todas as opções sobre a mesa".

O F-35 é um caça multiuso do Exército norte-americano de um só assento com monomotor potente que é dificilmente indetectável por radares.

Os primeiros dois caças F-35 serão fornecidos a Israel até o fim de 2016, com entregas programadas para serem concluídas até 2021, afirmou o Ministério da Defesa israelense em fevereiro.

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Mais cedo na mídia surgiram informações alegando que Israel teria ordenado os pelo menos 25 aeronaves F-35 em resposta à decisão da Rússia de fornecer de sistemas de defesa aérea S-300 ao Irã e à Síria.

A decisão russa de iniciar o envio de armas ao Irã marcou uma mudança significativa na região.

"Em primeiro lugar, a Rússia está começando a desempenhar um maior papel estratégico no Oriente Médio, enquanto os EUA gradualmente deixam o jogo. Em segundo lugar, o Kremlin pode agora ser uma barreira à implementação da estratégia norte-americana, apesar de que a Rússia está sob pressão econômica do Ocidente por causa de sua política na Ucrânia. Além disso, a Rússia provavelmente espera receber a sua quota de vantagens econômicas no Irã, logo que as sanções forem suspensas", escreveu na semana passada o jornal inglês The Economist.

Um especialista de Sputnik Persian, o redator-chefe do jornal iraniano Iran Press, Emad Abshenass, comentou a situação:

“Em qualquer caso, em matéria de segurança nacional não vale a pena confiar só nos armamentos. Mas dizer que não temos sistemas de mísseis de defesa que poderiam impedir ataques do inimigo seria errado. O sistema de defesa antiaérea S-300, bem como os sistemas de defesa que o Irã desenvolveu de forma independente, é destinado a impedir tentativas de qualquer país de invadir o território do Irã.

Durante o confronto militar entre Israel e Hamas na Gaza ou durante o conflito israelense-libanês, com a participação do movimento Hezbollah, os EUA forneceram a Israel armamentos avançados. Mas, no entanto, os foguetes em muitos aspetos inferiores de Hamas e Hezbollah foram capazes de superar os sistemas de mísseis e atacar Israel.

Em geral, os S-300 ou outras armas iranianas como um escudo de defesa não serão capaz de proteger todas as instalações iranianas por 100%. Mas, ao mesmo tempo, não podemos afirmar que os alegados caças israelenses nunca, em nenhuma circunstância, serão capazes de atacar o Irã, assim como aviões militares iranianos não serão capazes de superar e exceder a defesa aérea de Israel.

Ele também sublinhou, que “se Israel decide atacar o Irã, é preciso levar em conta que o Irã pode responder, e a defesa seria muito forte e poderosa. Isso vai custar caro a Israel”.

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