No entanto, a imprensa da Indonésia afirma que todos os recursos do brasileiro e de outros oito, de um grupo de 10 condenados à morte e que estariam em vias de serem executados, já foram esgotados. Apenas um não é estrangeiro, justamente o que ainda pode contestar a sentença.
Recentemente, a Indonésia adiou a execução dos prisioneiros por conta da presença de autoridades estrangeiras para o Congresso Ásia-África, que se encerrou nesta sexta-feira (24). No entanto, os embaixadores dos países cujos cidadãos estão no grupo foram convocados para uma reunião no sábado (25) e a lei indonésia prevê que os representantes diplomáticos devem ser avisados do cumprimento da pena de morte com ao menos 72h de antecedência.
Além do brasileiro, o grupo de sentenciados à morte na Indonésia tem cidadãos de França, Austrália, Gana, Nigéria e Filipinas. A condenação capital de estrangeiros tem gerado protestos de muitos países. O Brasil e a Noruega chamaram de volta seus embaixadores em fevereiro. A presidente Dilma Rousseff negou temporariamente as credenciais do novo embaixador indonésio.
Ao mesmo tempo, os governos da França e da Austrália destacaram que as relações com Jacarta ficarão comprometidas caso seus cidadãos sejam executados. O presidente indonésio, Joko Widodo, assumiu em 2014 fazendo do combate ao tráfico internacional de drogas uma bandeira. Ele negou clemência aos condenados à morte.