"No começo praticamente não havia diálogo, houve apenas um aperto de mão na cerimônia inicial. Uns disseram que ele era frio, outros, tímido, outros, agressivo. Na manhã seguinte, houve um contato totalmente não planejado. Todos os participantes do "G20" viram que Putin e Obama começaram a conversar. Começando a falar de pé, eles se mudaram para uma sala pequena e se sentaram lá, a um canto. A conversa durou poucos minutos, 5 minutos, 10 minutos… Todos os chefes de Estados estavam de pé e esperavam", disse Peskov.
Peskov acrescentou que Putin e Obama não conseguiram resolver o problema da Síria, mas fizeram tudo para terminar a eliminação dos estoques de armas químicas.
"E quem sabe, se eles não concordassem, as armas químicas poderiam ter caído nas mãos do Estado Islâmico", disse.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, por sua vez contou que na cúpula de G20, poucos dias antes da decisão sobre o bombardeio de Damasco, Putin propôs forçar a Síria a assinar a Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas.
"Poucos dias antes da decisão prevista sobre começo de bombardeio de Damasco para derrubar o regime, sob o pretexto de que as autoridades sírias supostamente usavam armas químicas (claro que depois ninguém teria provas) Putin apresentou na cúpula do "G20" em São Petersburgo uma ideia. Ele só disse, e bem: "uma vez que vocês estão tão preocupados com as armas químicas, vamos conseguir que a Síria assine a Convenção sobre a Proibição das Armas Químicas e se comprometa a eliminá-las", disse Lavrov.