"Países civilizados chegam a acordos desta maneira nas controvérsias", disse ele.
Segundo os cálculos do governo grego, a Alemanha deve quase 279 bilhões de euros (R$ 945 bilhões) em compensação pelos danos causados à Grécia durante a guerra. O valor se refere, em primeiro lugar, à devolução de um empréstimo que os nazistas obrigaram o Banco da Grécia a contrair. Além disso, Atenas também exige uma reparação pela infraestrutura destruída durante a ocupação nazista entre 1940 e 1944, bem como uma compensação pelos massacres perpetrados no país pelos oficiais do Terceiro Reich.
A este respeito, Pavlopoulos se expressou categoricamente nesta segunda-feira contra a saída de Atenas da União Europeia.
"A questão da saída da zona do euro nem me ocorre. Durante os anos setenta a Grécia fez esforços significativos para se integrar à Europa… é impossível imaginar a Grécia fora da Europa", disse o presidente à publicação alemã.
Segundo ele, Atenas cumprirá seus compromissos sobre a dívida "até o último euro". No entanto, o chefe de Estado criticou o duro programa econômico imposto ao país pelos credores internacionais a fim de garantir os pacotes de resgate – que desde de 2010 tentam evitar o colapso financeiro da Grécia, mas à custa de enormes perdas sociais devido à extrema austeridade das medidas exigidas.
"Isto não trouxe qualquer desenvolvimento positivo para o crescimento da economia, pelo contrário, levou a economia grega à recessão", concluiu Pavlopoulos.