"Considero que a integração da Crimeia foi um resultado direto de graves erros por parte da União Europeia". Segundo ela, a UE apoiou o golpe que permitiu aos habitantes da Crimeia optar pela reintegração à Rússia, "já que a Crimeia, como se sabe, é russa".
Na opinião de Marine Le Pen, não deve haver outras interpretações da reintegração da Crimeia com a Rússia.
"Acredito que a União Europeia não reconheceu o seu erro na questão da Crimeia, e agora, antes de cometer novos erros, chegou o momento de se conformar com essa leitura dos fatos."
Desde 2011, quando assumiu a direção do FN, ela tem atuado para mudar a percepção dos franceses sobre a legenda antissemita e anti imigração do partido e torná-la mais palpável ao eleitorado centrista. Le Pen, no entanto mantém um discurso eurocético e xenófobo. A estratégia vem dando certo nas urnas, e o FN tem conquistado pontos importantes em eleições locais e pesquisas de opinião.
O ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou em diversas ocasiões que os habitantes da Crimeia escolheram o seu destino através de um pleito democrático realizado em conformidade com todas as normas do direito internacional e a Carta da Nações Unidas.
Kiev, por sua vez, continua considerando que a Crimeia como um território ucraniano temporariamente ocupado.