No documentário "O Presidente", transmitido pelo canal Rossiya 1 por ocasião do 15º aniversário de sua ascensão aos altos escalões do Estado russo, Putin contou que o mais importante era entender o que os habitantes da Crimeia queriam para si.
O presidente destacou que Moscou não podia abandonar as pessoas que queriam voltar para a Rússia e que não queriam ser subjugados ao poder de ultranacionalistas e seguidores de Stepan Bandera (líder ucraniano de extrema direita, apontado por muitos como um colaborador da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial).
"Não é porque nós queremos tomar algo. E nem mesmo porque a Crimeia tem uma importância estratégica no mar Negro. Mas porque trata-se de um elemento de justiça histórica. Acredito que nós agimos de forma correta, e não me arrependo de nada" – destacou Vladimir Putin.
O ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou em diversas ocasiões que os habitantes da Crimeia escolheram o seu destino através de um pleito democrático realizado em conformidade com todas as normas do direito internacional e a Carta da Nações Unidas. Kiev, por sua vez, considera a Crimeia um território ucraniano temporariamente ocupado.