O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, expressou um "profundo remorso" pelas ações de seu país durante a Segunda Guerra Mundial.
No início de seu discurso no Congresso dos EUA nesta quarta-feira, o primeiro-ministro japonês disse: "com um profundo sentimento de remorso no meu coração, eu fiquei aqui em oração silenciosa".
Na última terça-feira, 28, o presidente dos EUA, Barack Obama, se reuniu com o premiê do Japão, Shinzo Abe, e após a reunião, ambos os políticos fizeram declarações à imprensa sobre a cooperação na região da Ásia-Pacífico.
O especialista russo Aleksandr Panov, ex-embaixador no Japão e alto funcionário do Instituto dos EUA e Canadá, comentou a aproximação entre os EUA e Japão à agência Sputnik:
“A aspiração de Abe de fortalecer a cooperação com os EUA é explicada por uma razão simples e óbvia – o medo da China. Os norte-americanos declaram que apoiam a posição do Japão sobre as ilhas Senkaku. Mas os japoneses sabem que os EUA, tendo em conta o caráter das suas relações com a China, não irão agravar as relações com Pequim por causa das ilhas. Os EUA já deram a entender que se opõem à disputa territorial e que não querem ser envolvidos nela.”
Segundo Panov, o Japão tenta mostrar a sua lealdade aos EUA e fortalecer a união militar entre os dois países até um ponto em que os EUA já não tenham outra solução senão apoiar o lado japonês, caso algo aconteça:
“Portanto, o Japão mostra que segue fielmente as instruções dos EUA. Por exemplo, a instrução de não ir a Moscou. Talvez o Japão tenha o desejo de cooperar com a Rússia, mas uma vez que é aliado dos Estados Unidos, não pode ir a Moscou a 9 de maio”, destacou.