O incêndio que atingiu cerca de 400 hectares da floresta foi chamado de maior nos últimos 23 anos pelo primeiro-ministro ucraniano Arseny Yatsenyuk, divulga a RIA Novosti.
O incêndio aconteceu no momento certo de busca por parte da Ucrânia de financiamento adicional para a construção de um novo invólucro (sarcófago) em torno da central nuclear.
Anteriormente foi divulgado que na última segunda-feira (27), após a cúpula UE-Ucrânia, em Kiev, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou que o bloco europeu, atendendo a um pedido do presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, pretende alocar €70 milhões para a construção de estruturas de proteção na zona da central nuclear de Chernobyl, onde um desgaste no invólucro chamado de objeto Ukrytie (Coberto) em torno do reator afetado está provocando um risco renovado de contaminação radioativa.
Nesta quarta-feira (29) o deputado da Suprema Rada ucraniana Nikolay Tomenko escreveu no seu Facebook que os países doadores alocarão 530 milhões de dólares à Ucrânia para a construção de novo sarcófago em torno da usina de Chernobyl.
A construção de um novo invólucro em vez do velho objeto Ukrytie devia acabar em 2015, mas, devido à escassez de financiamento, o fim dos trabalhos está previsto para novembro de 2017. A nova construção de aço foi projetada pelo consórcio NOVARKA.
O governo frisou que a Rússia cumpre completamente suas obrigações internacionais no que se diz respeito à construção de um novo coberto.
Em 26 de abril de 1986, o mundo testemunhou o maior desastre nuclear da História em termos de custos e vítimas. Uma explosão seguida de incêndio no reator número 4 da usina de Chernobyl liberou grandes quantidades de partículas radioativas na atmosfera, as quais se espalharam sobre as partes ocidentais da URSS e da Europa. Os efeitos desse desastre são sentidos até hoje.