Segundo o estudioso, a ilha do Caribe entrou para a lista em 1982 por apoiar as revoluções de esquerda contra as ditaduras na América Central, em países como El Salvador, Nicarágua e Guatemala. Nos anos 90, após o fim da Guerra Fria, Havana permaneceu na lista em função do seu apoio às Farcs na Colômbia e ao movimento Basco, na Espanha. Pelo menos formalmente, já que, segundo professor, as razões também eram de cunho político.
Nos últimos anos, entretanto, Cuba tem sido protagonista na mediação do conflito entre as Farcs e Bogotá e está negociando com a Espanha sobre combatentes bascos, abrigados no Caribe. Esses fatos, também facilitam o aspecto formal da retirada de Cuba da lista.
No entanto, segundo Mielniczuk, o real motivo da nova postura dos EUA em relação à Havana, que segue a tendência de reaproximação entre os dois países, anunciada em dezembro de 2014, seria o interesse geopolítico dos Estados Unidos na região. Rússia tem intensificado suas relações com Cuba e países latino-americanos e Washington tenta neutralizar essa iniciativa.
De qualquer modo, mesmo de forma unilateral e no âmbito de um projeto geopolítico maior, Cuba vai adquirindo um novo papel na região para os Estados Unidos.