Em São Paulo, onde milhares de pessoas se reuniram para celebrar a data, os eventos ficaram por conta da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Força Sindical.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 20 mil pessoas participaram da comemoração organizada pela Força Sindical, que defende a terceirização, na Zona Norte da cidade. Entre elas estavam o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e diversos artistas. Já o ato da CUT, "em defesa dos direitos trabalhistas, da democracia, da Petrobras, e da reforma política", no Vale do Anhangabaú, contou com a presença do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, do secretário de Relações Institucionais da Prefeitura de São Paulo, Alexandre Padilha, e do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, contrários à terceirização. Estima-se que 5 mil pessoas tenham comparecido.
Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, sindicalistas ligados à CUT e a outras organizações que defendem os direitos dos trabalhadores entoaram cantos contra a terceirização e convocaram a presidenta Dilma Rousseff à luta, prometendo pressionar os senadores gaúchos para não aprovarem o projeto.
No Rio de Janeiro, em ato unificado, representantes de diversos sindicatos e movimentos sociais se concentraram nos Arcos da Lapa para protestar contra o projeto de terceirização. Segundo o diretor de Comunicação da CUT-RJ, Edson Munhoz, citado pela Agência Brasil, o evento reuniu, pela primeira vez, todas as centrais sindicais do estado em defesa de um único interesse, a derrubada do projeto de lei.
"Esse projeto leva o Brasil a uma situação anterior à CLT [Consolidação das Leis do Trabalho], uma legislação que não está atualizada, mas ainda é boa em muitos aspectos. Esse projeto desmonta a CLT, ele é inconstitucional. A gente vai ter muita luta, porque a ideia do Eduardo Cunha [presidente da Câmara dos Deputados] é entregar ao empresariado o direito dos trabalhadores", disse ele.
Em Belo Horizonte, segundo a imprensa local, as manifestações em defesa dos direitos trabalhistas também foram marcadas por críticas ao PL 4330. No entanto, apesar dos atos pacíficos realizados na maior parte da cidade, pequenos distúrbios também foram registrados. No centro da capital mineira, ativistas mais exaltados chegaram a invadir uma agência bancária para marcar o chão com tinta e colar cartazes de protesto. Embora ninguém tenha sido detido, a polícia informou que utilizará as imagens das câmeras de segurança do local para identificar os suspeitos.