EUA tentam impedir Rússia e China de vetarem renovação de sanções contra o Irã

© AP Photo / Jason DeCrow, PoolJohn Kerry, secretário de Estado americano, e Javad Zarif, ministro de Relações Exteriores do Irã, em 27 de abril de 2015, em Nova York
John Kerry, secretário de Estado americano, e Javad Zarif, ministro de Relações Exteriores do Irã, em 27 de abril de 2015, em Nova York - Sputnik Brasil
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Os Estados Unidos querem garantir que qualquer debate nuclear entre o Irã e potências mundiais incluam a possibilidade de restaurar as sanções impostas pela ONU caso Teerã quebre o acordo. Moscou e Pequim são fortemente contra essa possibilidade.

A volta das sanções é um ponto importante para negociadores americanos e europeus, que querem reverter automaticamente o cenário se o Irã não cumprir o acordo, dizem fontes à agência Reuters.

Ao mesmo tempo, Washington não quer correr o risco de sofrer vetos de Rússia e China, que são contrários ao retorno das sanções. A embaixadora americana para a ONU, Samantha Power, disse que Washington queria bloquear Rússia e China de emitir vetos sobre o acordo nuclear iraniano.

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"Vamos fazê-lo de uma maneira que não exija apoio russo e chinês para a volta das sanções… porque estamos em um mundo diferente do que estávamos quando as sanções foram impostas", disse Power em uma entrevista ao canal Bloomberg.

Power também afirmou que Washington tinha a esperança de que o acordo com Teerã fosse provocar uma mudança na posição do Irã no que diz respeito ao conflito na Síria, onde os EUA apoiam o Presidente Bashar Assad em uma guerra civil que já dura quatro anos contra rebeldes que buscam destituir o líder.

Nesta terça-feira, negociadores encerraram conversas em Nova York. Foi a mais recente sessão em 18 meses de discussões que buscam um acordo de longo prazo para limitar o programa nuclear do Irã em troca do fim das sanções.

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Irã, Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Rússia, China e a União Europeia chegaram aos termos básicos de um acordo no dia 2 de abril, na Suíça. As conversas vão continuar na próxima semana, em Viena, na Áustria. O principal negociador do Irã em Nova York disse que a última sessão foi positiva.

"O ambiente das conversas foi bom e é possível que alcancemos o acordo final até 30 de junho", afirmou o vice-ministro de Relações Exteriores, Abbas Araqchi, ao canal estatal do Irã.
 
Entretanto, diplomatas  do Ocidente disseram à Reuters que o Irã e as seis potências estavam longe de um acordo de longo prazo por causa de diferenças no que dizia respeito a sanções, monitoramento e outros temas. "Ainda não encontramos um mecanismo que funciona para todos", afirmou um dos diplomatas.

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