Segundo informações divulgadas na mídia, Riad e Ancara teriam concordado em unir esforços financeiros e militares para ajudar milícias islâmicas da Síria na luta contra o atual presidente do país. As suspeitas emergiram depois de rebeldes islâmicos, inclusive da Frente al-Nusra, capturarem a cidade síria de Idlib, impondo significativas derrotas às tropas de Damasco.
Em entrevista a um canal de TV, o porta-voz da chancelaria turca, Tanju Bilgiç, disse que as especulações em torno da cooperação da Turquia com a Arábia Saudita não são novas e destacou que os dois países possuem opiniões semelhantes sobre a Síria.
“A Turquia coopera não apenas com a Arábia Saudita, mas também com outros aliados, como a Grã-Bretanha e os Estados Unidos”, afirmou. No entanto, Bilgiç garantiu que não há elementos novos nessa cooperação. De acordo com ele, a Frente Al-Nusra está na lista negra de organizações terroristas de Ancara e, sendo assim, não há motivos para suspeitarem de seu país.
Turquia e Arábia Saudita tiveram muitas diferenças nos últimos anos sobre a melhor maneira de lidar com o regime de Assad e também quanto ao Egito. Mas as relações dos dois países mostraram sinais de fortalecimento desde o final de janeiro, quando da chegada ao trono do rei saudita Salman bin Abdulaziz Al Saud, visitado pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, dois meses depois.