EUA rejeitam ideia de aliança militar com países do Golfo

© AFP 2023 / AYEZ NURELDINE Saudi soldiers are seen on top of their tank deployed at the Saudi-Yemeni border, in Saudi Arabia's southwestern Jizan province
Saudi soldiers are seen on top of their tank deployed at the Saudi-Yemeni border, in Saudi Arabia's southwestern Jizan province - Sputnik Brasil
Nos siga no
Na véspera da cúpula em Camp David altos funcionários da Casa Branca dizem que a aliança formal entre os EUA e os países do Golfo não irá aparecer no futuro próximo.

O presidente dos EUA, Barack Obama, durante o briefing de 23 de abril, expressa suas condolências às famílias de Warren Weinstein e Giuseppe Lo Porto - Sputnik Brasil
Senador: Obama quer subornar países do Golfo para que apoiem acordo nuclear iraniano
Os políticos americanos alegaram as complexidades em formação de um tratado militar no Oriente Médio.

Ben Rhodes, conselheiro-chefe de segurança para a comunicação estratégica dos EUA, disse à Al-Jazeera nesta quarta-feira (13) que os EUA continuam empenhados em garantir a defesa dos países-membros do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), mas um tratado formal não está previsto para o futuro próximo.

“Um tratado não é algo que nós buscamos. Levou décadas para criar a OTAN e construir relações com os aliados asiáticos, mas podemos proporcionar garantias claras de que iremos defendê-los [países do Golfo]”, comentou Rhodes.

As declarações foram feitas um dia antes do início da cúpula em Camp David em Maryland na qual o presidente dos EUA Barack Obama irá encontrar-se com os líderes dos países do CCG.

Os EUA e os países do Golfo irão também discutir questões de segurança enquanto aumentam tensões entre as potências regionais por causa da situação no Iêmen e na Síria.

Situação no Iêmen - Sputnik Brasil
Irã rejeita pedido dos EUA e mantém rota de navio humanitário para o Iêmen
A coalizão árabe, inclusive o Catar e a Arábia Saudita, iniciou ataques aéreos no Iêmen para restaurar o governo do presidente iemenita Abed Rabbo Mansour Hadi e parar a ofensiva do movimento Houthi que, segundo alguns relatos, é apoiado pelo Irã.

Tanto a Arábia Saudita como o Catar apoiam os rebeldes sírios que lutam contra o governo do presidente Bashar Assad e são apoiados das autoridades iranianas.

Por causa das tensões dos mencionados países com o Irã, eles pretendem pressionar os EUA para os estadunidenses darem garantias escritas de prontidão a defendê-los no caso de ataque iraniano.

Senadores Bob Corker (centro) e Benjamin L. Cardin (direita), que promoveram o decreto que dá poderes ao Congresso dos EUA para aprovar ou negar acordos internacionais com o Irã - Sputnik Brasil
Congresso dos EUA aprova decreto para controlar o Irã
Os EUA, entretanto, se encontraram em uma posição delicada. Por um lado, a administração de Obama quer assinar o acordo nuclear com Irã e, segundo relatos do senador estadunidense John McCain, pretende levar os Estados do Golfo a apoiar o dito acordo oferecendo-lhes em troca a defesa integral contra mísseis balísticos ou em outras palavras tentam suborná-los. No contexto de desejo de Obama de finalmente chegar ao acordo com o Irã sobre o seu programa nuclear o recuso de criar uma aliança militar com os países do Golfo pode ser considerado como uma relutância de irritar o Irã. Por outro lado os EUA apoiam a operação militar da coalizão árabe no Iêmen, o que cria tensões com a República Islâmica do Irã como, por exemplo, no caso o cargueiro iraniano com ajuda humanitária para a população do Iêmen quando os EUA disseram que estão vigiando o navio e o lado iraniano por sua vez manifestou que qualquer tentativa dos EUA ou da Arábia Saudita de parar o navio poderão resultar numa guerra.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала