Manifestantes são presos nos EUA por reclamarem de justificação de morte de jovem negro

© REUTERS / Ben BrewerProtestos contra morte de jovem negro em Visconsin, nos EUA.
Protestos contra morte de jovem negro em Visconsin, nos EUA. - Sputnik Brasil
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Os moradores de Madison, capital de Wisconsin, nos EUA, foram às ruas na quarta-feira (13) protestar contra a decisão do procurador distrital do condado de Dane, Ismael Ozzane, considerando a morte do jovem negro Tony Robinson por tiros disparados pelo policial branco Matt Kenny como uma ação justificada.

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O incidente aconteceu no dia 6 de março. O agente disparou contra a vítima depois do serviço de emergência receber ligações reclamando de Tony Robinson, que estaria sob efeito de drogas, provocando medo nos moradores e atrapalhando o trânsito. O jovem estava desarmado.

No protesto, o grupo de pessoas saiu da casa onde morava Tony Robinson até o tribunal. A polícia prendeu, aproximadamente, 20 pessoas por desobediência civil. Elas, porém, foram liberadas posteriormente. A violência policial contra jovens negros nos EUA tem sido tema recorrente na mídia internacional e alvo de muitos protestos internos.

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A violência policial nos EUA ocupou as manchetes do mundo desde meados de 2014, quando na cidade de Ferguson (estado de Missouri) começou uma manifestação que deu origem a um protesto de nível nacional. Os moradores de Ferguson protestavam contra o homicídio a tiro de um jovem negro, Michael Brown, que, desarmado, foi morto pelo policial branco Darren Wilson após uma tentativa de assalto.

A morte de Brown fez os moradores lembrar outros casos de violência policial em relação a negros, levantando assim o problema do racismo oculto ou aberto nos EUA.

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Já em abril de 2015, a morte violenta de Freddie Gray em Baltimore (estado de Maryland), em resultado de uso excessivo de força física por parte da polícia, deu origem a uma nova onda de manifestações, onde até blindados foram usados contra a população.

O presidente dos EUA, Barack Obama, admitiu que a polícia do país precisa rever seus métodos de interação com a população, sobretudo com os negros. No entanto, o senador Ted Cruz, candidato republicano à presidência, culpou o chefe da Casa Branca pelas crescentes tensões raciais que ditam o tom dos protestos que tomaram as ruas do país desde a morte do jovem negro Freddie Gray, em Baltimore.

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