Donbass teme uma forte ofensiva de Kiev, assegura um brigadista espanhol

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A área de Donbas está mais tranquila por conta dos acordos de Minsk II, no entanto ainda há combates e a população teme uma forte ofensiva do exército de Kiev, explicou ao Sputnik Ramiro Gomez, um brigadista integrante das forças de ajuda humanitária que acabou de voltar do leste Ucrânia.

"Eu vi a região mais tranquila do que me recordava da minha viagem no verão passado, é possível que seja consequência dos acordos de Minsk II, embora continuem havendo combates e mortes em muitos lugares", disse Gomez, um membro da brigada Ruben Ruiz Ibarruri.

O brigadista assegura que o exército de Kiev "continua fazendo movimentos", e tem até recebido o apoio dos Estados Unidos, como pode ser visto em vários vídeos, segundo Gomez. "Esta situação provoca o temor na população de que venha uma forte ofensiva", disse.

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Mais de 30 brigadistas espanhóis viajaram para Moscou no último dia 5 de maio para se reunirem com centenas de colegas de toda a Europa e se dirigirem para a fronteira com a Ucrânia, o destino da ajuda humanitária que prestaram.

"Levamos muita ajuda, especialmente medicamentos de todos os tipos", recorda Gómez. A prestação de auxílio foi dividida entre alguns batalhões de Donbass e os civis. Roupas, alimentos e outros itens importantes, tais como baterias e pilhas foram levados junto do grupo espanhol até o leste da Ucrânia para auxiliar a população local afetada por esta situação conflituosa.

Durante sua estadia em Donbass, principalmente em Lugansk, os brigadistas entregaram em dinheiro mil euros para a chamada "casa dos pobres", um restaurante social da brigada Pizrak que dá comida à pessoas pobres e afetadas por este conflito.

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Apesar de enviar toda esta ajuda, o Estado espanhol não facilitou esta viagem segundo informou Gomez. "Não sabemos as consequências que podem nos trazer continuar com esta solidariedade para com Donbass, após a perseguição que vimos em fevereiro passado na Espanha, com a prisão de oito brigadistas", explicou.

"Estamos fazendo algo que não querem que façamos e dando voz a algo que eles não querem que se escute, por isso que tentam fazer todo o possível para nos boicotar", acrescenta.

O brigadista confessa não ver "uma solução fácil nestes momentos".

"Creio que as Repúblicas populares de Donbass estão dispostas ao diálogo e a avançar para uma solução, mas não estão dispostas a retornar ao jugo do governo de Kiev", conclui.

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