"Eu vi a região mais tranquila do que me recordava da minha viagem no verão passado, é possível que seja consequência dos acordos de Minsk II, embora continuem havendo combates e mortes em muitos lugares", disse Gomez, um membro da brigada Ruben Ruiz Ibarruri.
O brigadista assegura que o exército de Kiev "continua fazendo movimentos", e tem até recebido o apoio dos Estados Unidos, como pode ser visto em vários vídeos, segundo Gomez. "Esta situação provoca o temor na população de que venha uma forte ofensiva", disse.
"Levamos muita ajuda, especialmente medicamentos de todos os tipos", recorda Gómez. A prestação de auxílio foi dividida entre alguns batalhões de Donbass e os civis. Roupas, alimentos e outros itens importantes, tais como baterias e pilhas foram levados junto do grupo espanhol até o leste da Ucrânia para auxiliar a população local afetada por esta situação conflituosa.
Durante sua estadia em Donbass, principalmente em Lugansk, os brigadistas entregaram em dinheiro mil euros para a chamada "casa dos pobres", um restaurante social da brigada Pizrak que dá comida à pessoas pobres e afetadas por este conflito.
"Estamos fazendo algo que não querem que façamos e dando voz a algo que eles não querem que se escute, por isso que tentam fazer todo o possível para nos boicotar", acrescenta.
O brigadista confessa não ver "uma solução fácil nestes momentos".
"Creio que as Repúblicas populares de Donbass estão dispostas ao diálogo e a avançar para uma solução, mas não estão dispostas a retornar ao jugo do governo de Kiev", conclui.