Isso é um sinal de Washington a Pequim indicando que os EUA não deixam de participar na disputa das águas. Desta vez a sua intervenção é mais dura e clara, afirma o especialista Aleksander Larin:
"É muito provável que isto esteja relacionado com os exercícios conjuntos da China e da Rússia no Mar Mediterrâneo. Navios chineses chegaram a Novorossiysk, participaram lá do Dia da Vitória. Daqui a pouco os navios de ambos os países entrarão no Mar Mediterrâneo. E os EUA consideram-no como "seu", como "o mar da OTAN". E os exercícios no "seu" mar é um evento extremamente desagradável. Eles podem tratá-los como um tapa na cara. Por isso os americanos querem responder à China de uma maneira simétrica — mandar seus navios e aviões para a zona muito tensa. É pouco provável que o aumento de tensão resulte em qualquer confronto real. Acho que os militares de ambos os países vão observar as manobras à distância".
"O Ocidente já não pode manter a sua política independentemente dos outros parceiros. Todo o cenário geopolítico mudou e o mundo deixou de ser unipolar. O Ocidente deve reconsiderar a sua visão da ordem mundial. Vai levar muito tempo para os EUA desenvolver uma nova estratégia e reagrupar as forças. Então, agora a pressão dos EUA sobre a China será política e psicológica".
Os EUA estão prontos para intervir no conflito do mar do Sul da China. Mas este tipo de pressão sobre Pequim não vai trazer nenhum resultado. Os chineses vão defender os seus interesses nas águas do mar do Sul da China em qualquer caso. Tanto mais que a China tem um parceiro fiel que é a Rússia.