Lavrov explica por que Kosovo não pode ser comparado com Crimeia

© Sputnik / Vitaly Belousiv / Acessar o banco de imagensMinistro das Relações Exteriores Sergei Lavrov
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O chanceler russo, Sergei Lavrov, que chegou à Sérvia para negociações com a liderança do país, lembrou o afastamento do Kosovo da Sérvia no contexto da reunificação da Crimeia com a Rússia na entrevista ao jornal sérvio Politika.

Ele ressaltou durante a conversa com os jornalistas que a reintegração da Crimeia foi absolutamente legal, preservando a região de ficar envolvida na guerra civil que começou na Ucrânia, inclusive por causa das ações do Ocidente.

“Neste sentido, os esforços dos que dirigiram (e sem qualquer referendo) o afastamento do Kosovo da Sérvia, em questionar a vontade livre dos crimeanos são sinceramente absurdos”, disse Lavrov.

“Como resultado do golpe de Estado em Kiev em fevereiro do ano passado, apoiado por Washington e Bruxelas, o poder na Ucrânia foi tomado por ultranacionalistas, que por suas ações trouxeram o país à beira do cisma, desencadearam a sangrenta guerra civil”, disse o chanceler.

Aleksandr Lukashevich durante encontro de Sergei Lavrov com Nikos Kotzias em fevereiro de 2015. - Sputnik Brasil
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Por sua vez, a população da Crimeia votou em referendo para a independência da Ucrânia em plena conformidade com o direito internacional — um dos princípios fundamentais da igualdade e da autodeterminação dos povos, consagrado no primeiro artigo da Carta da ONU e nos outros documentos renomados.

Falando sobre o Kosovo, Lavrov notou que a Rússia advertiu que a introdução no uso internacional de um modelo da proclamação da independência dos territórios determinados criaria um precedente. Além disso, Moscou salientou repetidamente que nos últimos tempos a aliança ocidental liderada por os EUA amplamente têm aplicado padrões duplos, violado os princípios fundamentais do direito internacional e interferido nos assuntos internos de Estados soberanos.

Ele também enfatizou que a posição da Rússia sobre a questão do Kosovo é “muito clara e imutável” — a resolução deste problema só é possível na base do direito internacional e no amparo da resolução № 1244 do Conselho de Segurança da ONU.

“Quanto aos esforços de Belgrado nesta área, nós vamos aceitar as decisões que satisfaçam a Sérvia. Estamos prontos para continuar prestando assistência necessária aos parceiros sérvios”, disse o chefe do Ministério das Relações Exteriores.

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