“Algumas pessoas não devem colocar na cabeça a ideia de que, com o passar do tempo, a resistência do lado grego será testada e suas linhas vermelhas irão desaparecer”, disse o premier durante uma conferência organizada pela mídia. “Se eles tiverem isso em mente, devem esquecer”, acrescentou.
Tsipras explicou que seu gabinete trabalha para chegar a um acordo que traga desenvolvimento, com base em quatro pilares: superávit primário baixo, renúncia a novas medidas de corte, reestruturação da dívida e um projeto de investimentos para promover o crescimento. De acordo com ele, demandas que impliquem na desregulamentação do mercado de trabalho do país não serão aceitas.
Além de prometer que não haverá novos cortes nos direitos trabalhistas, o primeiro-ministro destacou que o governo irá taxar as rendas mais altas, de forma a promover a redistribuição das riquezas.
“É a hora da redistribuição, da distribuição equitativa dos encargos, de que paguem aqueles que não pagavam”.
Tsipras salientou que a Grécia tem sobrevivido sem ajuda desde agosto de 2014, uma vez que não recebeu os 7,2 bilhões de euros ainda pendentes do segundo resgate oferecido por União Europeia e FMI. Ainda assim, segundo ele, o país tem cumprido todas as suas obrigações.