General sírio: Washington mata líder do EI, depois de o ter apoiado

© AFP 2023 / ZAKARIYA AL-KAFI Combatentes se preparam para invadir a sede do Estado islâmico
Combatentes se preparam para invadir a sede do Estado islâmico - Sputnik Brasil
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Os Estados Unidos não alcançaram nenhum dos seus objetivos no conflito na Síria e, depois da morte de um dos líderes do Estado Islâmico (EI), comemoram uma falsa vitória, disse em entrevista à Sputnik o especialista em Assuntos Estratégicos Militares de Damasco, Hasan Hasan, general do Exército sírio.

De acordo com ele, os EUA não alcançaram nenhum objetivo na sua operação militar na Síria, porque o seu combate ao terrorismo é oral, mas na realidade eles usam o terrorismo como ferramenta.

"O extermínio de um dos líderes do EI, Abu Sayyaf, é a mesma coisa. A morte de Abu Sayyaf pode ter sido causada por recusa de exercer uma das suas funções”, disse Hasan.

Segundo ele, desde que a coalizão liderada pelos EUA se formou, a presença do EI tornou-se “mais significativa”.

“Não há nenhuma intenção de lutar contra o terrorismo na região, porque os Estados Unidos dão aos terroristas apoio financeiro, militar e logístico. E isso se encaixa muito bem nos planos sionistas. O prolongamento da guerra é destinado à drenagem de sangue e das forças dos poderes sírios e árabes na região”, explicou.

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Na opinião dele, no futuro próximo nada mudará na região: os Estados Unidos vão “prolongar o esgotamento dos poderes” e falar sobre uma "solução política" para melhorar a sua imagem no palco mundial.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos informou em 16 de maio que forças do exército norte-americano eliminaram um dos principais líderes do grupo Estado Islâmico, Abu Sayyaf, em uma operação no território sírio. A operação ocorreu em al-Amr, leste da Síria, e resultou também na captura de Umm Sayyaf, companheira de Abu.

Abu é indicado como um dos mentores das negociações que financiam as ações do grupo no mundo, estando à frente de transações com petróleo, gás e recursos ilícitos, além de participar de operações militares do EI. Umm Sayyaf, por sua vez, é suspeita de ter desempenhado importante papel em atentados cometidos pelo EI.

Como foi relatado anteriormente, muitos políticos acham que o Estado Islâmico é produto dos estadunidenses. Por exemplo, o presidente da Síria numa entrevista manifestou que "O EI foi criado no Iraque, em 2006, sob a supervisão dos norte-americanos. O EI veio do Iraque para a Síria porque o caos é contagioso”. O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas do Irã, general Hassan Firuzabadi, acusou por sua vez os Estados Unidos de fornecerem armas ao Estado Islâmico.

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