"A opção militar para lidar com as embarcações dentro ou fora das águas líbias não pode ser considerada humana", declarou à imprensa o porta-voz Hatem el-Ouraybi, acrescentando que o governo não aceitará violações da soberania líbia. No entanto, el-Ouraybi não descartou a possibilidade de assinatura de um novo plano, coordenado com Trípoli.
Mais cedo, em Bruxelas, a Comissão Europeia aprovou a criação de uma missão, intitulada EUNAVFOR MED, para deter ou interceptar, na costa da Líbia, barcos, lanchas e navios suspeitos de levarem imigrantes ilegais para a Europa. A ação, que já conta com o apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), ainda carece de aprovação por parte das Nações Unidas.
De acordo com dados oficiais, mais de 5 mil pessoas morreram nos últimos 18 meses tentando atravessar o Mediterrâneo em direção à Europa. Só no último naufrágio registrado na costa da Líbia, no final do mês passado, foram 800 mortos.