"É claro que eu não posso confirmar isso, já que não é a nós [Kremlin] que esse tipo de pergunta deve ser feita. Tanto nós, quanto o ministério da Defesa, já dissemos diversas vezes que não existem quaisquer militares russos em Donbass" – disse Peskov em entrevista coletiva.
"Não posso comentar esses materiais e acredito que, no caso específico, seria melhor se isso fosse feito por especialistas ou pelo nosso ministério da Defesa – avaliar a verossimilhança desses materiais" – acrescentou Peskov.
Respondendo à pergunta de jornalistas sobre a necessidade dessa questão ser investigada pela presidência russa, Peskov respondeu:
"Do ponto de vista da administração do presidente – não. Não é um tema que cabe à administração do presidente. No caso específico, essa pergunta não deve ser endereçada à nós".
O porta-voz de Putin destacou ainda que militares russos não estão presentes e nunca estiveram em Donbass.
Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito. Isto fez regressar ambas as partes às negociações. O novo acordo de paz, firmado em Minsk entre os líderes da Rússia, da Ucrânia, da França e da Alemanha inclui um cessar-fogo global no leste da Ucrânia, assim como uma reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição, com a descentralização como elemento-chave (tendo em conta as particularidades das regiões de Donetsk e Lugansk, acordadas com os representantes destas áreas), e também a aceitação de uma legislação sobre o estatuto de Donetsk e Lugansk.