Foi assinado ainda um acordo trilateral Brasil-China-Peru para estudos de viabilidade do projeto de construção de uma ferrovia transcontinental, ligando o oceano Atlântico ao Pacífico.
Para a Presidenta Dilma Rousseff, a reunião de trabalho e os acordos assinados com o Primeiro-Ministro da China aprofundam a relação entre os dois países, que agora inauguram uma nova etapa de parceria principalmente nas áreas de investimentos e comércio. “Tivemos reunião muito produtiva, marcada pelo diálogo franco e pela disposição de avançar, fortalecer e efetivar nossa parceria. O Plano de Ação Conjunta 2015-2021, que assinei com o Primeiro-Ministro, inaugura uma etapa superior em nosso relacionamento. O Brasil atribui grande importância à assinatura do Acordo sobre Investimentos e Capacidade Produtiva, que abre novas oportunidades nas áreas de energia elétrica, mineração, infraestrutura e manufaturas, totalizando mais de US$ 53 bilhões.”
A Presidenta reiterou que a parceria Brasil-China tem um cunho mais significativo em 2015, pois é quando as Nações Unidas celebram 70 anos. Dilma ressalta que Brasil e China estão juntos a favor da Reforma do Conselho de Segurança da ONU e compartilham a expectativa de que na próxima Cúpula dos BRICS, na Rússia, se acelere a implantação do novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS. “Renovamos, ainda, nosso compromisso de atuar no G20 em defesa da reforma das instituições financeiras multilaterais. O FMI e o Banco Mundial ainda não refletem em sua governança o peso dos países emergentes.“
O Primeiro-Ministro Li Keqiang e a Presidenta Dilma Rousseff ainda assistiram à cerimônia online de inauguração das obras de linhas de transmissão de ultra alta tensão da Usina de Belo Monte, no Pará. Esta vai ser a primeira linha de transmissão do país em corrente contínua com nível de tensão de 880kW, o que significa mais economia na transmissão de grandes quantidades de energia e menos perdas do sistema. A linha de transmissão tem origem na Subestação Xingu, no Pará, e vai ter cerca de 2 mil quilômetros de extensão, passando pelos Estados do Pará, Tocantins e Goiás, terminando na Subestação de Estreito, em Minas Gerais.
Ainda na cerimônia, Dilma Rousseff informou que em 2016 vai fazer uma nova visita à República Popular da China, a convite do Presidente Xi Jinping.