O acordo, aprovado pela autoridade da Defesa norte-americana na terça-feira, está sendo estudado pelo Congresso. Até agora, não há nenhum indício que o Congresso o proíba.
O fornecimento planejado inclui 750 bombas penetrantes (bunker busters, em inglês), 300 mísseis anticarro Hellfire, 250 mísseis ar-ar de médio alcance e 4.100 bombas planadoras.
Além disso, caso o acordo for aprovado pelo Congresso, Israel receberá 14.500 sistemas de navegação que permitirão converter mísseis comuns em mísseis guiados.
O Congresso tem 15 dias para bloquear o acordo. Mas o caso é muito infrequente.
No entanto, várias fontes na mídia israelita informam que mais um projeto de fornecimento de armamentos estaria sendo discutido por Jerusalém e Washington, que preveria a venda dos caças F-35. Com uma condição: que Israel não proteste contra o programa nuclear iraniano.
Arábia Saudita
Além de Israel, os EUA também estão armando a Arábia Saudita. O contrato de venda de 10 helicópteros Seahawk alcança quase 2 bilhões de dólares.
A coalizão árabe tem reiteradamente rejeitado os planos de pacificação propostos pelo Irã, acusando este país de armar os rebeldes iemenitas houthis e de tentar, portanto, realizar uma "ingerência nos assuntos internos" do Iêmen.
No entanto, a Arábia Saudita justifica a sua própria operação no Iêmen alegando defesa do governo legítimo e proteção do povo iemenita.
Para os observadores, os fornecimentos de armas pelos EUA aos países do Oriente Médio servem para acalmar as autoridades dos países que mais criticam o programa nuclear iraniano. A possibilidade de estas armas serem usadas para intimidar o Irã, bem latente, parece estar no segundo plano.