Diplomatas de 194 países reunidos em Genebra, na noite passada, para a 68ª Assembleia Mundial da Saúde das Nações, assinaram um plano internacional que prevê um corte de 40% no número de contaminações pela doença até 2020, e de 90% até 2030.
Atualmente, a malária é responsável pela morte de 600 mil pessoas por ano em todo o mundo. O acordo da última quarta-feira também tem como meta eliminar completamente a doença em pelo menos 35 novos países nos próximos 15 anos.
Segundo Pedro Alonso, diretor do programa de combate à malária da OMS, o novo plano é bastante ambicioso, mas possível. E, se levado adiante, deixará o mundo bem próximo da erradicação completa.
“Essa é a estratégia mais ambiciosa, mas realista, que o mundo adotou desde meados do século XX”, disse Alonso em entrevista à imprensa francesa.
Cerca de 200 milhões de pessoas são infectadas pela malária anualmente, através da picada do mosquito Anopheles contaminado por protozoários parasitários do gênero Plasmodium, verdadeiros responsáveis pela doença. Das 600 mil que acabam falecendo, 90% são da África, e pelo menos 200 mil são crianças com menos de cinco anos de idade.