Participaram do fórum também embaixadores e delegações de grupos de pesquisa ‘thinks-thanks’ dos BRICS. O Brasil foi representado pelo seu embaixador na Rússia, Antônio José Wallim Guerreiro.
Em sua fala no Fórum Acadêmico, o diplomata brasileiro comentou o potencial de novidade que o BRICS apresenta no sistema financeiro mundial:
“O quadro institucional financeiro tem hoje 70 anos de idade. Isso é um fato. Em 70 anos, as coisas mudaram significativamente. Agora, a experiência dos últimos anos, o número de crises financeiras nas últimas duas décadas, mostrou que esse quadro não é suficiente. É óbvio que algo deve ser feito. E se algo deve ser feito, não é somente no âmbito financeiro, mas também na regulação comercial”, destacou o embaixador brasileiro.
Segundo Antônio José Wallim Guerreiro, “quando você tem uma situação de sistema multipolar, muito próximo a um sistema democrático, você tem uma série de escolhas, você precisa ter argumentos claros para ir nessa ou naquela direção. E a própria existência dos BRICS é um exemplo disso”.
Ao falar da importância da realização do Fórum Acadêmico BRICS realizado em Moscou, o embaixador do Brasil observou que o fórum é “um canal de sugestões da sociedade civil para os chefes de Estado”. “Por isso, precisamos ser proativos em propor cursos de ação para ajudar a ajustar o cenário internacional e identificar a contribuição que os países BRICS podem prover”, completou.