A ativista de direitos humanos considera que Kiev deve imediatamente levar os autores de tais crimes à justiça e que a União Europeia deve pressionar economicamente as autoridades ucranianas.
Ela expressou a sua opinião em entrevista ao jornal francês Libération, sublinhando que, caso a UE tivesse tido conhecimento das torturas e tivesse continuado a apoiar Kiev, isso seria uma catástrofe.
“Parece que a liderança militar nada fez para impedir torturas físicas (espancamentos e execuções sem julgamento) e psicológicas (execução simulada, privação de sono)”, disse ela, notando que as autoridades da Ucrânia não têm pleno controle das suas tropas.
Os casos registrados de tortura na Ucrânia são apenas a ponta do iceberg, disse Mariner e sugeriu que a UE use a pressão econômica contra Kiev caso esta última se negue a punir os autores das torturas.
Enquanto isso, a Rússia tenta obter a liberação de dois cidadãos russos capturados pelas Forças Armadas da Ucrânia no fim de semana passado (17).
Kiev declara que os homens são militares ao serviço do Kremlin, mas Moscou nega tais declarações. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que o governo russo "faz os possíveis" para resolver a situação.
Diplomatas russos ainda não receberam a permissão de Kiev para visitar os prisioneiros.