A imprensa favorável à realização dos exercícios na Suécia argumentou que esse tipo de evento serviria para fortalecer a cooperação internacional do país, ainda mais em uma situação em que a Rússia vem sendo encarada como ameaça à segurança da União Europeia e dos países membros da OTAN.
Sven Hirdman, entretanto, discorda dessa avaliação, que considera um erro.
“O conflito da Rússia e Ucrânia possui raízes na desintegração da União Soviética. Não existem motivos objetivos para que a Rússia comece a avaliar a possibilidade de uma agressão à UE ou OTAN”, escreveu o diplomata.
Em abril deste ano, o jornal sueco Dagens Nyheter publicou uma carta contra a realização dos exercícios militares, que foi assinada por mais de 30 representantes da cultura. A mensagem expressa era de que a Suécia deveria manter a sua política de neutralidade e não participar de alianças militares. Os críticos das manobras afirmaram que a política da OTAN está tornando a Suécia em refém dos jogos na arena internacional.
A Noruega é a responsável pela condução das manobras este ano. Cerca de 115 aeronaves de 9 países participam das operações, com 3600 militares.
Além da ACE 15, em 5 de junho, está sendo aguardado o início dos exercícios militares marítimos na costa da Suécia, sob os auspícios da OTAN, Baltops 2015. Essas manobras durarão até o dia 20 de junho no sul do Mar Báltico e contarão com a participação de 17 países.