Rebatendo os recentes escândalos envolvendo a Federação Internacional de Futebol, Valcke disse que a Fifa é, na verdade, vítima da situação e a responsável por apresentar os casos suspeitos à justiça suíça.
Em meio a essa confusão, iniciada com a prisão de vários dirigentes do futebol mundial na última quarta-feira, em Zurique, sob suspeitas de corrupção, abuso de poder, extorsão e lavagem de dinheiro, foi realizado hoje na Suíça o 65º Congresso da entidade, onde foi definido o encarregado de comandar a Fifa pelos próximos quatro anos. Embora alguns acreditassem em uma mudança, a eleição terminou como das últimas quatro vezes, com vitória do suíço Joseph Sepp Blatter, que está à frente da organização desde 1998.
A votação, que deveria ser feita em dois turnos, já que o atual presidente não havia alcançado o número mínimo de votos para vencer no primeiro turno (140), foi encerrada por conta da desistência do príncipe da Jordânia Ali Bin Al Hussein, único concorrente de Blatter ao cargo, que garantiu apenas 73 dos 206 votos válidos, enquanto o suíço obteve 133.
Em discurso de agradecimento, o presidente da Fifa prometeu fazer o possível para fortalecer a entidade e levá-la de volta ao seu lugar, para que "o futebol possa ser jogado em qualquer praia". Declarando amor ao seu trabalho e aos seus colegas, Blatter disse que espera contar com o apoio de todos, inclusive dos que não votaram nele, ao longo do seu próximo e último mandato.