De acordo com a chancelaria russa, Gaponenko planejava participar de um festival de documentários em Moscou, onde apresentaria um filme sobre a situação adversa enfrentada pelas minorias nacionais na Letônia em conexão com a política oficial de Riga na esfera da educação.
No entanto, o conhecido ativista foi detido na capital letã, sob a acusação de "estimular a hostilidade interétnica", após ter feito comentários na internet, em 26 de maio sobre a implantação de tanques norte-americanos na Letônia.
A chancelaria russa afirma ainda que essas atividades "excitam a justa indignação e o agudo ressentimento entre essa parte da sociedade letã, a cujas vozes e direitos as autoridades preferem fechar os olhos".
"É evidente uma flagrante parcialidade e uma política de dois pesos e duas medidas por parte das autoridades locais contra dissidentes que são corajosos o suficiente para expor a política discriminatória da liderança política do país", diz a nota de Moscou.
Esta não é a primeira detenção de Alexander Gaponenko. O proeminente ativista dos direitos humanos foi preso em novembro do ano passado no aeroporto internacional de Riga após retornar de Moscou, tendo sido libertado pouco tempo depois. Em fevereiro, ele foi detido pela polícia de segurança na vizinha Estônia e foi posteriormente deportado para a Letônia.