Tamas Fodor, chefe das Relações Exteriores do partido húngaro Jobbik disse à revista italiana Il Giornale:
"Muitas pessoas nos Balcãs estão recrutando jovens para participar nos combates na Síria e no Oriente Médio. Anteriormente eles combatiam em vários grupos fundamentalistas e agora combatem pelo Estado Islâmico. Embora no ano passado o governo bósnio e de outros países nos Balcãs tenha adotado leis contra os combatentes estrangeiros, o problema continua com os combatentes que retornam."
Dezenas de pessoas foram capturadas na Sérvia por suspeita de ter lutando na Síria e a polícia confiscou materiais de propaganda usada para recrutar combatentes estrangeiros e informação sobre armamentos e equipamento individual.
Gornja Maoca é uma aldeia isolada perto da cidade de Brcko, controlada pelos fundamentalistas muçulmanos locais apoiantes do wahhabismo.
Em outubro de 2012 um movimento sérvio ligado ao islamismo local abriu fogo contra a Embaixada dos EUA em Sarajevo.
“Quando eles voltam aos Bálcãs vindos da Síria e do Iraque, eles trazem a sua ideologia para as aldeias governadas por wahhabitas e salafistas”, disse Tamas Fodor.
"E mais do que tudo eles querem continuar a sua guerra. E como já vimos na aldeia de Ásotthalom, é fácil para eles viajar para a Europa Ocidental, se eles quiserem", sublinhou.
Segundo Fodor, "a imigração nos Bálcãs poderá aumentar devido à crise política na Macedônia e a difícil situação econômica em Kosovo, embora eu pense que a maior parte do fluxo virá mais uma vez do Oriente Médio e da África."
O think tank Centro para Estudos de Segurança em Kosovo (KCSS) estima que 232 residentes de Kosovo lutem nos grupos jihadistas na Síria e no Iraque. O relatório do centro afirma que a maioria deles se juntou aos militantes em 2013.