Segundo o vice-presidente da corporação estatal russa Rosatom, Pyotr Lavrenyuk, as negociações sobre este assunto têm sido bem sucedidas:
"Estamos conduzindo o processo com os nossos parceiros ucranianos no que toca ao novo combustível, está já na fase final".
Esta declaração foi feita durante a exposição internacional Atomexpo 2015, que está tendo lugar em Moscou.
O novo combustível russo recebeu a licença para ser usado na Ucrânia em 2014, emitida pela Inspeção Estatal de Regulação Nuclear da Ucrânia.
Durante a Atomexpo, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia e a corporação estatal de energia nuclear Rosatom assinaram um acordo de cooperação.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, comentou a parceria:
"Os projetos da Rosatom cimentam solidamente o fundamento da nossa cooperação com países estrangeiros para dezenas de anos", disse o ministro.
Entre as iniciativas mais relevantes da corporação já apoiados pela chancelaria, Lavrov destacou o projeto internacional de reatores nucleares, o banco mundial de urânio empobrecido e o centro internacional de enriquecimento de urânio.
O chanceler russo assegurou que tanto o Ministério das Relações Exteriores, como a Rosatom irão continuar cooperando com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), maior autoridade internacional do setor.
Além da cooperação interna entre a chancelaria, a Rosatom selou uma série de contratos a nível internacional com diversos países.
Por exemplo, o Gana, que a partir de hoje é parceiro da Rússia na área do uso pacífico da energia nuclear. Esse país africano ainda não possui nenhuma usina atômica, mas já tem centros de pesquisa nuclear, que contribuem para o desenvolvimento do setor.
Outro país é a Indonésia, que assinou com a Rosatom um memorando de cooperação. Mais cedo, em abril do ano em curso, um consórcio russo-indonésio venceu a licitação para a construção de um reator de altas temperaturas, com uma potência de 10 megawatts nesse país.