Os políticos gregos disseram no final de maio que Atenas será incapaz de cumprir o próximo pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Até 5 de junho, a Grécia deve transferir para o Fundo 300 milhões de euros e, no período de 5-19 de junho, mais 1,6 bilhões de euros.
Na segunda-feira, a chanceler alemã Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi e a presidente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, se reuniram a portas fechadas, em Berlim.
De acordo com algumas fontes, na reunião foi discutida a proposta final ao governo grego sobre a obtenção do novo pacote de ajuda, o que permitiria a Atenas continuar na zona do euro.
“Se a Grécia não o cumprir, então, eu digo de forma inequívoca, o país deverá deixar a zona do euro”, declarou Lambsdorff.
Na opinião dele, se a saída da Grécia tivesse ocorrido há alguns anos, isso "teria sido um desastre, porque afetaria Espanha, Portugal e Irlanda”. Mas agora estes países realizaram as reformas necessárias para fortalecer sua economia, enquanto a Grécia continua a prejudicar a zona do euro, não conseguindo pagar as dívidas.
Na segunda-feira, o ex-premiê de Portugal e ex-presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, também disse que uma eventual saída da Grécia da zona do euro seria um precedente "negativo", mas não catastrófico.
Entretanto, o comissário europeu para os assuntos econômicos e financeiros, Pierre Moscovici, opina que durante as negociações entre a Grécia e os credores foi feito um progresso substancial, mas ainda há uma necessidade de mais esforços conjuntos para assinar o acordo final.
“Há uma base sólida para o progresso, mas até agora não o alcançamos”, disse Moscovici em entrevista à rádio France Inter. Mais cedo na terça-feira, o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, disse que o governo grego apresentou para os credores um plano para sair da crise. Ele reconheceu que Atenas fez concessões:
“Nós apresentamos um plano realista para a saída da Grécia da crise, um plano que também porá fim aos roteiros de divisão da Europa”.
No entanto, o premiê acrescentou que está sendo otimista.
“Acho que a liderança política da Europa irá considerar as nossas propostas com respeito e aderir à visão realista”, disse Tsipras ao canal Skai.