Shoughi destaca que o último congresso em Zurique marcou uma época de mudanças na FIFA, revelando um novo estilo de trabalho desta organização, que, aparentemente, parece estranho ao experiente Blatter. A decisão sobre a sua demissão foi uma ponderada e mútua decisão de Blatter e seus oponentes. Além disso, a cadeia de escândalos de corrupção nos comitês responsáveis por selecionar os países anfitriões da Copa do Mundo se revelou infinita. “Só agora apareceram nestes dias os rumores de compra de votos para as copas do mundo do mundo em 2006 e 2010 na Alemanha e África do Sul, respectivamente! Se assim for, ao que parece, a eleição dos países organizadores de quase todos os campeonatos mundiais realizados na era de Joseph Blatter foi desonesta", comenta o especialista.
Ao comentar o risco que sofre a realização destes torneios após a renúncia do presidente de longo prazo da FIFA, Mostafa Shoughui foi enfático:
“Duvido que a legitimidade da próxima Copa do Mundo na Rússia será posta em questão. O dossiê sobre a Rússia, se é que ele existe, é certamente muito mais curto do que de Qatar. Além disso, antes do torneio na Rússia não tem muito tempo, e criar a infra-estrutura necessária para um grande evento a cada quatro anos no mundo do futebol o mais rápido possível é simplesmente irrealista”, argumenta.
“E a FIFA não precisa de perdas de reputação. É claro que a Rússia terá que ouvir centenas de vezes ao longo dos próximos três anos as alegações da imprensa ocidental culpando-a em seu discurso, mas estou certo de que a Copa do Mundo de 2018 será realizada lá onde ela deve ser realizada”, completou o especialista.