Segundo a legislação da Ucrânia, no território do país é proibido o funcionamento de algumas unidades militares não previstas pela lei. Além disso, na Ucrânia não podem ser instaladas bases militares estrangeiras e por isso tropas estrangeiras são cada vez admitidas no país por uma lei especial proposta pelo presidente.
“A realização deste ato normativo permitirá a criação de condições necessárias para o lançamento no território da Ucrânia de uma operação de manutenção de paz e segurança”, diz-se no documento explicativo.
Um membro do Comitê de Defesa da Duma (câmara baixa do parlamento russo), Franz Klintsevich, considera esta lei uma nulidade.
“A lei aprovada pela Suprema Rada é uma nulidade, é pura publicidade e propaganda. Como ato normativo é condenado a fracasso. Eu, por exemplo, não posso imaginar a situação na qual a ONU iria manifestar-se em favor do envio de militares estrangeiros à Ucrânia”, disse Klintsevich aos jornalistas nesta quinta-feira (4) lembrando que tal decisão pode ser tomada pela ONU só se for apoiada pela Rússia.
“E a nossa posição principal consiste em que a presença de assim chamadas forças de paz estrangeiras divide o país ainda mais e contradiz os Acordos de Minsk”, frisou o deputado.
“Os líderes ocidentais nunca farão tal passo porque entendem que assim os seus países serão participantes diretos do conflito no lado de Kiev com todas as consequências respetivas”, disse.