Segundo Titov, “o aumento da importância da ONU na manutenção de paz reflete a turbulência e a complexidade da situação atual no mundo”.
Até agora foram lançadas 69 operações de paz e hoje em dia, missões trabalham em 16 lugares do mundo.
De acordo com o Subsecretário-Geral da ONU, a manutenção da paz se tornou um processo complexo, porque a estrutura de conflitos se alterou:
“Os conflitos se tornaram mais assimétricos, rígidos, com o envolvimento da criminalidade organizada, às vezes de interesses privados. Cada novo tipo de conflito requer esforços e ferramentas distintos, incluindo a força de paz”.
O alto funcionário frisou que a posição da Rússia sobre a manutenção da paz é ambígua:
A Rússia contribui muito para as operações das Nações Unidas, atualmente as missões dispõem de 68 militares e policiais russos, inclusive três mulheres, comenta Dmitry Titov:
Dmitry Titov declarou que está à espera de que o governo russo retome a questão do aumento da participação russa das missões pacificadores da ONU:
“No meu ver, a Rússia tem grande potencial. Durante a visita para Moscou para celebrar o 70º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial, o Secretário-Geral da ONU se reuniu com o presidente Putin. O Secretário-Geral abordou a questão de possibilidade de aumentar a contribuição russa para a manutenção de paz”.
O alto funcionário da ONU também fez se lembrar de outros países que contribuem muito à formação de missões:
“Durante os anos 1950-60 primeiramente contribuíram tal chamados países neutros, os países escandinavos – Suécia, Finlândia, Noruega e Canadá. Nos anos 1980 aumentou acentuadamente a necessidade de pessoal porque as operações antigas foram compactas e, como uma regra, serviram para a separação de forças, que frequentemente foram controladas por dois blocos: soviético e ocidental.
Depois da Guerra Fria, a situação mudou drasticamente, havia abundância de conflito. As posições dos líderes ocuparam os países com capacidades militares significativos e exércitos grandes – a Índia, o Bangladesh, o Paquistão, o Nepal, o Egito, e recentemente – a Etiópia. Muitos deles têm um forte exército profissional. A França, a Itália, a maioria dos países BRICS estão muito envolvidos no processo de manutenção de paz, estão representados por cerca de duas ou três mil pessoas. A China envia quase três mil, o Brasil e a África do Sul, cerca de dois mil, a India, mais de oito mil”.