“Após o cancelamento do projeto South Stream, um trecho de 190 quilômetros de comprimento, que devia passar pelo território da Bulgária, será construído na Turquia. Nós precisávamos de coordenadas da rota de construção do gasoduto. A Turquia contatou a Rússia com um pedido de proporcionar tal informação. A resposta do lado russo foi recebida mas não foi completa em vários pontos, por isso resolvemos enviar mais um pedido para o estudo mais detalhado por parte do lado russo. Hoje é a única questão que impede o início da etapa de construção. Porém quando esta questão for resolvida, o processo de realização do projeto será significativamente acelerada. Segundo o acordo, o Turkish Stream será construído desde a costa leste do mar Negro no território russo até a região de Trácia. Em total o projeto prevê a construção de 4 linhas, mas neste momento só trata-se de construção da primeira linha do Turkish Stream”.
Yildiz também comentou a posição da Grécia sobre o gasoduto:
“Não posso dizer que a política da Grécia nesta questão foi definitivamente elaborada. Opino que a posição do lado grego ainda não foi completamente formada. Mas tenho certeza que ela [a Grécia] vá apoiar o projeto”.
Ao mesmo tempo, o ministro turco mostrou sua perplexidade em relação da posição da Europa Ocidental e dos EUA.
“Eu acho estranha a posição do Ocidente que por um lado se manifesta contra a realização deste projeto e por outro lado manifesta desejo de receber gás no quadro dele. É uma posição inconsequente e ilógica”.
A preparação do projeto russo-turco Turkish Stream (Corrente Turca) foi anunciada no final do ano passado, após o projeto South Stream (Corrente do Sul) ter sido suspenso. O presidente do Gazprom, Aleksei Miller, assegura que o gasoduto começará a funcionar em dezembro de 2016.
Os projetos de gasodutos com participação russa, que deveriam atravessar parte da Europa Oriental, têm irritado bastante os EUA. Há sinais de que o South Stream foi suspenso por esta causa, após forte pressão ocidental.
Outra questão abordada por Taner Yildiz foi a situação em torno de extradição de petróleo no norte do Iraque. O ministro queixou que foi preciso congelar a realização de trabalhos de busca de jazidas de petróleo devido ao avanço do Estado Islâmico na região:
“Devido às questões de segurança antes dos acontecimentos em Mossul os trabalhos de busca e extração de petróleo foram suspensos. Não podíamos arriscar em condições de permanentes confrontos com os militantes do Estado islâmico. Não faz sentido falar sobre o reinício de trabalhos antes que a situação na área de Kandil e nos seus arredores”, explicou.