O acampamento poderá acolher mil pessoas.
Com palavras de ordem e cartazes contra o presidente dos EUA, Barack Obama, UE e TTIP (Acordo da Parceria Trans-Pacífico), a manifestação fez parte do "G7 alternativo", que reuniu economistas e cientistas políticos de vários países, críticos do acordo que pode, segundo eles, pode trazer sérias consequências à Europa.
Em uma entrevista à Sputnik Deutschland, Michael Riesch, um dos participantes da ação, comentou que o "G7 alternativo" pode ser sujeito a restrições por parte das autoridades locais.
Comentando os objetivos desta ação de protesto, Riesch destacou vários assuntos da política da União Europeia, inclusive a atitude europeia oficial para com a Ucrânia.
"Nós não podemos aceitar o comportamento do Ocidente em relação à crise ucraniana. Nós estamos a favor de uma política ativa de paz, e não do militarismo, não da guerra", disse.
Por exemplo, as autoridades europeias aconselharam em maio a Portugal continuar com ainda mais austeridade, cortando suas despesas. E ao mesmo tempo, propuseram ao país reinstalar 704 refugiados, sem explicar onde procurar dinheiro para eles.
Michael Riesch acredita que o plano da Europa significa um "processamento rápido" que não respeita a dignidade humana dos refugiados:
"Nós não concordamos com o novo acordo da UE, que prevê um "processamento rápido" dos refugiados. As pessoas não são uma mercadoria que deve ser registrada e armazenada. Nós não concordamos com essa atitude inumana. Isso contradiz aos direitos humanos, à Constituição da Alemanha, aos direitos essenciais pelos que nós lutamos".
A cúpula em Elmau não prevê participação do presidente russo, Vladimir Putin. Vários políticos e homens de negócios da Alemanha e outros países da Europa já lamentaram esta ausência. Várias vozes afirmam que o G7 não é viável, é um "G8 menos a Rússia".
Aliás, como se pode falar da Ucrânia sem a Rússia, e ao mesmo tempo declarar que "a Rússia não participa do diálogo"?
"Nós queremos outra cúpula", disse o manifestante.
Além disso, o manifestante criticou os acordos TTIP, TiSA e CETA, que preveem privatização de serviços sociais essenciais sem possibilidade de retorno das entidades privatizadas para o patrimônio estatal, o que iria prejudicar o sistema social do país e da comunidade dos países europeus.
A cúpula em Elmau terá lugar no domingo. Antes disso, o governo alemão pode publicar os dados sobre os quase 500 mil objetos sujeitos à espionagem por parte da inteligência norte-americana (e-mails, telefones etc.).