Em entrevista à imprensa estatal nesta segunda-feira, o chefe de Estado ressaltou que a equipe jurídica internacional fez uma apresentação "excelente" em maio perante o TIJ, durante a fase oral do processo em que se dirimiu um recurso chileno contra a competência do tribunal da ONU na disputa marítima.
“Em Haia está previsto reunirmo-nos com especialistas internacionais para agradecer e parabenizar pela excelente exposição em defesa da Bolívia”, disse o presidente.
Desde abril de 2013, a Bolívia busca uma decisão em Haia que obrigue o Chile a negociar de boa fé a demanda de uma restituição ao país andino do acesso soberano ao Oceano Pacífico, passagem que os bolivianos perderam depois de uma guerra em 1879. Na contenda, a Bolívia perdeu 400 km de costa e 120 mil km² de território para o Chile.
Santiago, por sua vez, questiona a competência do tribunal internacional para mediar a questão e rejeita a reivindicação boliviana com o argumento de que os limites territoriais foram decididos em um tratado assinado em 1904, 25 anos após a guerra.
As equipes jurídicas de ambos os países compareceram no mês passado às audiências de apresentações orais convocadas pelo TIJ para tratar do recurso chileno que pedia que o tribunal se declarasse incompetente para decidir sobre a requisição boliviana.
O tribunal está agora em processo de deliberação sobre o litígio, período que pode se prolongar de 4 a 6 meses.