O diretor executivo da Federação alemã de Organizações de Consumo, Klaus Muller, disse que a proposta sobre a versão ligeira do acordo, chamado "TTIP light" poderá constituir uma base para negociações.
Na entrevista à revista alemã Der Spiegel Klaus, Muller opina que o "TTIP light" poderia dar aos negociadores da UE a oportunidade de corrigir o que ele chama de "seus erros dos últimos meses: a falta de transparência e as ameaças à democracia e ao direito constitucional."
#TTIP threatens to deprive us of the right to oppose the entry of GM foods into our food system #NoTTIP http://t.co/qNNHYTnova #GMO
— War on Want (@WarOnWant) 8 июня 2015
Ele opina que as partes devem o mais breve possível alcançar um acordo sobre as questões em que eles podem facilmente concordar, por exemplo, os padrões na indústria e as tarifas. Mas, de acordo com ele, tais questões como a segurança alimentar e a proteção da saúde não devem ser negociadas no momento: "Quando se trata de alimentos ou produtos químicos, as culturas dos Estados Unidos e da Europa são simplesmente demasiado diferentes para se poderem harmonizar rapidamente ou para que eles sejam capazes de reconhecer uns aos outros."
#TTIP will NOT reduce our EU protections — be it food, environment, health safety, consumer rights… —@MalmstromEU pic.twitter.com/5XjopJZfvd
— EU TTIP Team (@EU_TTIP_team) 5 июня 2015
Os EUA e a UE já têm o comércio de US $2.3 bilhões diariamente, mas o acordo TTIP poderia intensificar o comércio ainda mais, por meio de redução dos gastos, quotas tarifárias e abertura de novos mercados. A proposta de acordo entre a União Europeia e os EUA sobre o comércio livre Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP na sigla em inglês) deveria se transformar no acordo em 2014, mas as partes ainda estão negociando.
A proposta do acordo é muito criticada pelo secretismo e pelo fato de que, se o acordo for assinado, as empresas multinacionais terão mais controle do que os governos. De acordo com o relatório do Centro não governamental de segurança dos alimentos norte-americano "muitos analistas acreditam que um dos objetivos centrais das negociações é desmantelar muitos regulamentos de segurança alimentar que as empresas veem como obstáculos às trocas comerciais e lucrativas."
A Organização Europeia dos Consumidores BEUC comentou a possibilidade de ameaça à segurança alimentar na Europa:
"O TTIP deve levar a uma harmonização e a UE deve continuar livre de manter, reforçar e fazer cumprir as regras que considere necessárias para preservar os interesses dos consumidores em tais áreas como a segurança alimentar, os OGM, o uso de promotores de crescimento na produção animal ou a clonagem."
Mais de 2 milhões de pessoas já assinaram uma petição online contra o TTIP e um acordo semelhante com o Canadá, conhecido como o Acordo Econômico e Comercial Global.